terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Oefe Souza


1
Agradeço ao Criador
pelos dons que me dotou
um deles, ser o escritor
que um dia, em mim despontou!
2
Amor se paga co' amor
e meu saldo está grandinho…
Vê se acorda esse torpor
me paga um pouco em carinho…
3
As notas da minha lira,
acompanhando teus passos,
se acendem, qual uma pira,
no calor dos teus abraços…
4
A vida só é vivida
com muito amor e paixão
se houver poesia imprimida
nas dobras do coração.
5
Canta sempre, poeta! Canta!
As dores de todo mundo…
Verso que a todos encanta,
com teu estilo profundo!
6
De sua corte, meu bem,
serei bobo com prazer!
Se sou palhaço também,
que mais me resta fazer?
7
De tanto andar procurando
desmanchar, um nó em mim,
em verdade, está virando
emaranhado sem fim!…
8
Do meu tempo de menino
dos folguedos infantis,
lembro do balão junino
e de como era feliz!
9
Este recado à saudade
senhora dos dias meus,
é pra dizer, que é verdade;
Reitero-lhe o meu adeus!
10
Eu me fiz um trovador,
pois dentro de mim, sentia
que a grandeza de um amor
cantar em verso, eu podia…
11
Eu tenho muita saudade
do tempo em que eras só minha.
Mas, é que sofro em verdade,
por te ver, também sozinha…
12
Faça uma trova bonita;
eu sei, você é capaz.
Rogue ao mundo que reflita
sobre a importância da Paz!
13
Foi o meu melhor momento,
de todos os dias meus!
Com você, meu casamento,
foi um presente de Deus!
14
Me enrolei tanto em você
que afinal, viramos nó.
E agora, não sei porquê,
desfazer, nos causa dó…
15
Nem tudo se pode ver
e nem tudo se expressar.
Mas, nem precisa dizer:
Vejo tudo em seu olhar!
16
Nossa Vida é um livro aberto
em cujas linhas contém,
tudo o que se faz de certo;
e todos os erros, também…
17
No tanger da minha lira,
sinto, em minha alma infinita,
o Deus maior que me atira
seus raios de luz bendita!
18
O cura em minha presença:
– Por que tu não vens à missa?
E como chama a doença?
Respondo: – É simples... preguiça!
19
- Peço à nova geração,
olhando um velho retrato:
não deixem meu ribeirão
minguar por falta de trato!
20
Procurei por todo canto
para te ver… te falar…
Na lágrima do meu pranto
eu fui, enfim te encontrar…
21
Quando a saudade chegar
no meu peito, de mansinho;
faço a danada afastar,
pensando no teu carinho!
22
Quando vejo o meu retrato
com seu charme jovial,
eu debito ao tempo ingrato
o estrago no original...
23
Quase perdi os sentidos
quando em seu quarto adentrei
ao ver, nos cantos, perdidos,
cacos, do amor que lhe dei…
24
Que as nações, em toda a Terra,
a busquem de forma audaz,
pois a mão que faz a guerra
é a mesma que faz a Paz!
25
Quem dera que esta Nação,
despertasse do recesso
e elegesse a Educação,
como base do Progresso!
26
São as tuas mãos mimosas
perfumadas, com calor…
são mil pétalas de rosas
trescalando muito amor!
27
São tantos os dissabores
que o dia a dia atanaza.
Mas, quem conserta os humores,
é um anjo que eu tenho em casa…
28
Saudade tem voz de encanto,
nos lembra uma ligação.
Mas do outro lado, entretanto,
ninguém diz sim, nem diz não...
29
Sonhei co' o circo florido
bandeirola em todo espaço
e em seu palco colorido
alegre, eu era o palhaço!
30
Vão, a infância… a juventude,
os anos sem esperança!…
Eu preferia a inquietude
dos meus tempos de criança…
31
Vivo ansiando e sonhando
num tempo que não tem fim,
ver você, enfim chegando
inteirinha para mim!
32
Você é minha esperança!
O meu sol de cada dia!
Meu carinho de criança…
minha doce melodia!

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