domingo, 21 de fevereiro de 2021

Alvitres do Professor Renato Alves - 3 -


10. A Trova e a  tecnologia:


Evidentemente, como em todos os gêneros, o vocabulário usado pelo trovador vai, aos poucos, refletindo a realidade da vida em cada época:
 
Teu beijo, pela internet,
vem sempre com tal calor,
que qualquer dia derrete
meu pobre computador...
A. A. de Assis

 = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =

 11. Eis o roteiro perfeito para se chegar ao coração da trovadora:
    
 Se a distância, por maldade,
tua presença me furta,
pelo atalho da saudade
torno a distância mais curta!
Maria Nascimento

= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
 
12. Já viu uma trova construída só com substantivos?
Pois veja esta de Domingos Freire Cardoso, de Ílhavo (Portugal),vencedora no IV Concurso Literário Cidade de Maringá – Tema: ROÇA
 
Roça: mata, fogo, chão,
força, braço, homem, dor;
Plantas, flores, frutos, pão,
terra, vida, infância, amor!!!…
Domingos Freire Cardoso

= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =   

13. Eis um belo exemplo de rima rica nos 1º e 3º versos  onde  se usaram  palavras de formas  iguais,  mas  de  sentido  e classes  diferentes (substantivo e verbo)                       
    
 Se abusas das tuas saias,
dos decotes, dos perfumes,
não posso impedir que saias,
mas eu morro de ciúmes!
Elisabeth Souza Cruz

= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
 
14. Trova com suíte:

Durante algum tempo fizemos na UBT-Rio um concurso chamado "Uma trova pra responder" que consistia em construir uma trova-resposta para uma  pergunta formulada em outra  trova. Já o site  “falando de trova” lançou, certa vez, um desafio semelhante: construir uma suite (continuação) para uma trova apresentada, do que resultou o seguinte:
 
Trova original

Que pena: o sol – ato falho –
ao lhe ofertar seu calor,
matou a gota de orvalho
que brincava sobre a flor!...
José Ouverney
    
Suite
 
Porém, antes de matá-la
com seu fulgor deslumbrante,
houve por bem transformá-la,
com sua luz, em diamante!         
Renato Alves
===============================
continua...

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Dorothy Jansson Moretti (Trovas...e Trovões...)


Coisa difícil é fazer uma trova. Todo trovador sabe disso.

Num soneto, apesar da exigência das quatorze linhas... são quatorze linhas para você dizer o que sente, em versos de sete, dez e até doze sílabas.

A trova não! Quatro linhas, sete sílabas cada uma, primeira rimando com a terceira, segunda com a quarta, ritmo estabelecido e regulado, obedecendo a um decálogo peremptório e intransigente. Qualquer deslize em um mínimo desses detalhes... e o seu trabalho de semanas fundindo a cuca, vai parar na “cestinha amável e caprichosa”.

Por essas justíssimas razões, o ex-presidente da UBT de São Paulo, Izo Goldman, não admite que alguém use o termo “trovinha” (que linda a sua trovinha)... Ele fica uma arara:

- Nós não fazemos “trovinhas”! Fazemos TROVAS! (O diminutivo, mesmo em tom carinhoso, é implacavelmente rejeitado.)

Há dias, passando por uma rua em Sorocaba, dei com uma inscrição na parede de um sobrado. Não gosto de paredes rabiscadas (para não dizem de quem rabisca paredes), mas li a inscrição... e fiquei pasma:

Se consigo por no rosto
um sorriso que inexiste,
da dor diminuo o gosto
e me sinto menos triste.
Ass. G.M. (Seria General Motors?)

Uma trova linda! Linda e sensível.

G. M., apareça! Em vez de usar as paredes dos prédios, mande suas trovas para os concursos das UBTs do país e receba prêmios pela sua sensibilidade, pela sua capacidade! Você é um excelente trovador.

Desta vez concordei plenamente com o Izo Goldman, se alguém disser de sua trova “Que linda a sua trovinha!”

Vou atalhar, curto e grosso:

- Epa! Trovinha, neca! Isso daí é um tremendo... TROVÃO!

Obs.: Não sei se G. M. é o autor da trova (alguém sabe?), ou se ele apenas a copiou.

Fonte:
Jornal “O Guarani” – 03/02/90

sábado, 13 de fevereiro de 2021

Alvitres do Professor Renato Alves - 2 -


7. Trova é cultura:

Por mais simples que seja, a trova, às vezes, contém imagens que exigem um conhecimento específico para serem apreciadas plenamente. Por ex: O diamante é o estágio mineral mais puro do carbono, um elemento químico que forma milhares de compostos. É muito  brilhante, mas, um dia,  já  foi um negro carvão...
 
Se o erro ficou distante
seja pleno o teu perdão
Não se cobra ao diamante
seu passado de carvão!
(Pedro Ornellas)


8. Na poesia simbolista (escola literária do final do séc.XIX, tendo, no Brasil, como seu maior representante, o poeta Cruz e Sousa) uma das características é a  "sugestão": o poeta não exprime diretamente o que sente, mas sugere, insinua, apela para os sentidos. Prefere criar um clima sugestivo, de formas vagas, em vez de dizer diretamente.

Às vezes,  percebo por  trás da beleza de algumas trovas, este mesmo efeito do Simbolismo, uma certa atmosfera de insinuação...
    
Este teu corpo de miss
me deixa o coração tenso...
Imagina se eu te visse
daquele jeito que eu penso!
(Clarindo Batista/RN)
 
De meu pai, em mim gravada,
guardo a imagem, rotineira,
de uma camisa suada
sobre as costas da cadeira...
(Edmar Japiassú Maia/RJ)

 
9. Coincidência na Trova:

Conforme nos alertou Luiz Otávio em "Meus irmãos os Trovadores":
 
"Nas trovas, como em todos os gêneros, podemos encontrar identidade de inspiração, semelhança de ideias, igualdades nas estruturas. Geralmente sem maldade... Assim, aconselho aos poetas que lerem alguma trova muito idêntica a uma sua, que não atirem a primeira pedra... Muitas vezes, a que você está lendo e julga ter sido plagiada da sua,  foi feita e publicada muitos anos antes."
 
Para ilustrar os comentários do mestre, cito abaixo 5 trovas iguais na temática (dupla visão do bêbado) e estruturas semelhantes. Da minha parte, posso garantir que nunca tinha lido qualquer uma das outras três.
 
Que genrinho inteligente!
Bebeu uma vez na vida,
viu duas sogras na frente,
nunca mais topou bebida!
(Élton Carvalho)
 
De fogo, o goleiro Armando,
enfurecendo a galera,
viu duas bolas entrando,
e pulou na que não era!
 (Pedro Ornellas)
 
Chegou tarde, vista torta,
do boteco o Zé Morais,
viu duas sogras na porta
e não bebeu nunca mais!
(Pedro Ornellas)

O pileque faz das suas!
Pra mim, porre nunca mais!
– Minha sogra virou duas...
castigo assim é demais!
(Josué de Vargas Ferreira)

Tomou "todas" – Que exagero!
Ficou com dupla visão...
Foi pra casa e... Oh! desespero!
Duas sogras no portão!
(Renato Alves)

 
Observem, agora, a semelhança de temas nos versos muito conhecidos em "Chão de Estrelas" na trova abaixo:
 
"A porta do barraco era sem trinco,
e a lua furando nosso zinco
salpicava de estrelas nosso chão..."
(Orestes Barbosa)

Dos pingos que a lua espalha
ficava o chão pontilhado...
É que meu rancho de palha
tinha furos no telhado
(Pedro Ornellas)
___________________________________
continua...

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Alvitres do Professor Renato Alves - 1 -


1. Já reparou que as pessoas dinâmicas, que estão sempre em atividade, são as que mais recebem críticas? Sempre há os "engenheiros de obras feitas" a condenar os erros do irmão que produz. Pois bem! Veja como este aspecto da conduta humana foi bem captado na trova abaixo!
    
Quem não faz, risco não corre.
Erro...engano...quem não falha?
Só pode errar quem socorre,
age, executa, trabalha!
(Maria Thereza Cavalheiro+)


 2. "Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe!" – Esta sucessão de momentos bons e momentos maus, quase sempre efêmeros, que ocorrem durante toda a vida, foi flagrada de forma magistral nessa metáfora trovada de Waldir Neves, nosso saudoso irmão.
    
Ao longo da caminhada
em que a vida nos conduz,
vão-se alternando, na estrada,
luz e treva... treva e luz...
 (Waldir Neves+)

 
3. A trova, ordinariamente leve e sutil, às vezes envereda pelo terreno das trágicas paixões que assolam a alma humana. Veja como, em quatro versos apenas, é possível criar-se um clima de tragédia que mexe com a nossa sensibilidade.
    
Achado morto em seu leito,
o anão do circo da esquina
apertava contra o peito
a foto da bailarina...
(Waldir Neves+)

 
4. Observe o clima de  intimidade  e aconchego que esta trova  cria!
    
Eu me rendo, abaixo o tom,
te abraço e logo me apego...
Tranco a porta, ligo o som,
fecho a cortina e me entrego!
 (Ailto Rodrigues)

 
5. Será que todo mundo é mesmo tão rigoroso em sua auto-avaliação? Eu acho que não!... Os homens, em geral, são até generosos demais no julgamento de seus atos. Como disse Fernando Pessoa:
"Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo...
São todos uns príncipes... "

 
Caso, um dia, o homem consiga
a si mesmo conhecer,
eu duvido que ele diga
que teve "muito prazer".
(Miguel Russowsky+)

 
6. Sendo a língua o meio de expressão da arte literária e, por consequência, da trova, um de seus gêneros, a correção gramatical é uma preocupação constante de alguns trovadores, servindo-lhes, às vezes, até  de  tema:

Ao ler, na fábrica, o aviso
dizendo:  "VAGAS NÃO Á",
comenta alguém, num  sorriso:
– Nem para o emprego do "H"?
(Waldir  Neves+)
 
Dois ladrões, num intervalo,
foram juntos almoçar.
Um deles pediu... "roubalo"!
e o outro... "furtos do mar"!
(Edmar Japiassú Maia)
    
Sempre contando lorota,
diz que fala até chinês,
e, ao dizer-se poligrota,
assassina o português.
(Maria Nascimento)
 
"Cuidado com os degrais!"
– dizia o aviso ao freguês.
E ninguém tropeçou mais...
(A não ser no português!)
(Renato Alves)


continua...

Fonte:
http://pedromello.blogspot.com, blog desativado.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Origens (Quem são os Trovadores?)


No período medieval existiu um regime literário em Portugal, nossa pátria mãe, que era denominado de Trovadorismo. E nessa época existiam artistas nobres que criavam poesias e as cantavam. Esses artistas eram os chamados trovadores, isto é, eram pessoas que faziam composições poéticas e colocavam melodias.

No entanto, a denominação de trovador só era dada aos escritores e compositores que possuíam origem nobre. Os compositores de origem pobre recebiam o nome de Jogral, e isso refletia bem a cultura da época, onde existia a separação de classes.

De uma forma geral os trovadores eram homens, no entanto existiram trovadoras (mulheres que faziam suas composições cantadas) que eram também de origem nobre. No caso das mulheres que tinham origem pobre, e fizeram composições receberam a denominação de jogralesas.

É também interessante notar que, nos séculos XIII e XIV, havia uma verdadeira batalha de designações em torno da palavra "trovador". Isto porque os poetas-cantores de origem aristocrática queriam reservar esta designação exclusivamente para si mesmos, dela excluindo os trovadores de outras origens sociais, para os quais insistiam em utilizar as palavras "menestrel" ou "jogral". Os jograis, contudo, notadamente entre os trovadores galego-portugueses, se autodenominavam "trovadores". Desta maneira, instituía-se através dos embates nos saraus trovadorescos uma verdadeira disputa pelo direito de utilizar a designação "trovador".

Os trovadores e jograis, para atingir a maior quantidade possível de pessoas, abandonaram a língua culta, o latim e começaram a compor e improvisar seus versos na linguagem popular. Além disso, ao utilizarem a voz e os instrumentos em suas composições em vez da palavra escrita, trouxeram a possibilidade de os analfabetos (a grande maioria da população naquela época) acessarem a cultura.

Eles foram os criadores das primeiras canções de conteúdo não religioso, e por isso eram perseguidos pela Igreja. Esses precursores, chamados goliardos, reconhecidos (e criticados) por sua vida livre e desordenada, costumavam ser frades que abandonavam os conventos para viajar aos vilarejos zombando de tudo aquilo que os poderes instituídos da época tentavam reafirmar.

Hoje em dia, o termo trovador é utilizado para pessoas que trabalham com rimas e versos improvisados, sendo pessoas muito presentes na cultura popular brasileira, tanto que no dia 18 de julho é comemorado o dia do Trovador. Todo trovador é um poeta. Mas nem todo poeta é um trovador.

O Trovadorismo

O trovadorismo é tido como o primeiro movimento literário de língua portuguesa. Surgiu na idade média – no período de 1180 a 1420. A época em que ocorreu o trovadorismo era baseada pela vivência do feudalismo (organização social e política baseada na relação servis, entre o senhor feudal e os servos), que já estava entrando em decadência, e o teocentrismo, que transmitia a ideia de que Deus era o centro de todo o universo.

Nessa época, a Igreja Católica exercia uma grande influência sobre a sociedade europeia, sendo o maior senhor feudal da época. Por isso, a Igreja era muito influente tanto nas questões culturais e nos pensamentos das pessoas, inclusive dos próprios trovadores.

O termo trovador é originado desta manifestação literária e representa os compositores que escreviam seus textos (poesias) e posteriormente, com auxílio de instrumentos musicais da época (a viola, a lira ou a harpa) cantavam as suas composições.

O trovadorismo foi uma manifestação artística e cultural que surgiu após o fim das cruzadas, pois antes todas as manifestações culturais de Portugal estavam estagnadas, pois o país estava preocupado com as expedições medievais realizadas em nome de Deus, com o objetivo de unificar o mundo cristão que fora separado no “cisma do oriente”.

A literatura do Trovadorismo possui 02 (dois) tipos:

a) Refrão – na composição existia um estribilho que sempre era repetido no fim de cada estrofe;

b) Mestria – era considerada uma poesia mais trabalhada, pois não fazia uso das repetições no fim das estrofes;

É considerado como o principal autor do trovadorismo português o Rei D. Diniz (1261-1325). Os temas que eram abordados nas composições da época do trovadorismo eram: o amor e a críticas à sociedade da época. As principais obras do trovadorismo são: Cancioneiro da Ajuda, Cancioneiro da Vaticana e Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa.

A Trova se constitui como o único gênero literário genuinamente da língua portuguesa, sendo um gênero da poesia e que se caracteriza pela rima. A trova é uma poesia composta por 04 (quatro) versos e 07 (sete) sílabas poéticas. Antigamente havia a obrigatoriedade apenas de rimar o segundo com o quarto versos, ou até em alguns casos o primeiro com o quarto. Mas com a criação da União Brasileira dos Trovadores, pelo menos para efeito de participação em seus concursos oficiais, definiu-se a obrigatoriedade de rimar o primeiro com o terceiro verso, e o segundo com o quarto.

As Obras dos Trovadores – As Cantigas

As obras produzidas pelos trovadores eram as chamadas cantigas, e, eram destinadas exclusivamente para cantarolar. No entanto, com o passar do tempo as obras passaram a ser transcritas através de apontamentos para os cadernos.

A obra que é tida como o início do Trovadorismo é a Cantiga da Ribeirinha, composta por Paio Soares Taveirós, por volta de 1198. Essa trova é assim chamada, pelo fato de ter sido feita em dedicatória a Sra. Maria Paes Ribeiro, a conhecida Ribeirinha.

Depois, os vários apontamentos de trovas formaram coletâneas de canções, que recebeu a denominação de Cancioneiros, que nada mais é do que um livro que tinha várias trovas juntas em um mesmo lugar.

As principais obras do Trovadorismo são 03 (três) cancioneiros. Além desses cancioneiros, existe um outro livro considerado importante no Trovadorismo Português, que possui várias cantigas que foram dedicadas à Nossa Senhora (Virgem Maria), e foi feito pelo rei Afonso X de Leão e Castela, que era chamado de “O Sábio”.

Foram considerados como os maiores trovadores da língua portuguesa: Dom Duarte, Paio Soares de Taveirós, Dom Dinis, Aires Nunes, Meendinho e João Garcia de Guilhade.

Cantigas de Amor, de Amigo, de Escárnio e de Maldizer

    As obras do Trovadorismo eram encontradas da seguinte forma:

1) A poesia lírica – nesse tipo de poesia era expressado o amor entre homem e mulher, no eu lírico masculino o texto transmite o amor de um homem para uma mulher, é a chamada cantiga de amor. Enquanto que no eu lírico feminino, é relatado o amor de uma mulher para um homem, sendo a chamada cantiga de amigo;

2) A poesia satírica – nesse tipo de poesia eram feitas: as críticas indiretas às pessoas, que eram chamadas de cantigas de escárnio e as críticas diretas a vários aspectos da sociedade (cidadãos, pessoas famosas e ilustres e etc.) que eram as chamadas cantigas de maldizer;

Nas Cantigas de Amor, os trovadores destacavam todas as qualidades da mulher que eles amavam, e eles se colocavam em uma posição de vassalo, sempre inferior à mulher amada. Nessas obras o tema mais expressado era o amor não correspondido. Nas cantigas de amor, o feudalismo era retratado de uma forma diferente, pois no caso, o homem se colocava como servo da mulher amada.

Nas cantigas de amigo, os trovadores expressavam como tema a lamentação feminina pela falta de um amado.

Nas cantigas de maldizer, os trovadores procuravam fazer sátiras diretas a determinadas pessoas. Muitas vezes as pessoas eram agredidas verbalmente, mas a pessoa satirizada nem sempre apareciam de forma direta na cantiga.

Nas cantigas de escárnio, os trovadores faziam sátiras indiretas às pessoas e o nome da pessoa que sofria a sátira jamais aparecia. Os trovadores usavam bastante do duplo sentido.

O Teocentrismo, Os Trovadores e As Cantigas

A mentalidade da época era imposta pela Igreja Católica que era considerada como a instituição mais influente e poderosa que existia, tanto pelo aspecto econômico (maior senhor feudal que existia na época), quanto pelo aspecto cultural e religioso. Com isso, a teoria do Teocentrismo, que afirma ser Deus o centro de todo o universo, reinava no pensamento das pessoas. O Teocentrismo foi a base utilizada para estruturação da cantiga de amigo, que transmitia a ideia do amor espiritual e intangível (inalcançável).

Ainda há vários outros movimentos literários. O trovadorismo foi o primeiro deles e deslanchou a inspiração para o nascimento de outros, como Realismo, Classicismo, Romantismo e Modernismo.


Fontes:
http://cultura.culturamix.com/curiosidades/o-que-sao-trovadores
https://seuhistory.com/noticias/quem-foram-os-trovadores-o-spotify-da-idade-media
https://pt.wikipedia.org/wiki/Trovador

José Valdez de Castro Moura (Trovas em Preto & Branco)

  por José Feldman Análise das trovas e relação de suas temáticas com literatos brasileiros e estrangeiros de diversas épocas e suas caracte...