A contadora de estórias,
com graça e jeito de fada,
conta e reconta as vitórias,
dos heróis à criançada.
A lua e mar cor de prata,
vêm inspirar trovador,
que a sonhar faz serenata,
cantando versos de amor!
Amizade, um bem fecundo,
um presente em toda idade;
perfuma a vida no mundo,
deixa laços de saudade.
Araras voando em bando,
em tons mesclados de azul,
cortam céus sempre alegrando,
vistosas, de Norte a Sul.
Até em sonhos te abraço,
com tanto amor esperado,
no aconchego do teu braço,
sempre meu homem amado!!
A vida é louca corrida,
meu refúgio é navegar;
do veleiro, de partida,
sinto a brisa a me abraçar!
Bandeira tremula em festa,
em nosso amado Brasil;
rio que abraça a floresta,
sob o céu de puro anil!
Com palavras de louvor,
um brinde à prosperidade;
o vinho expressa o amor,
saúde e bela amizade!
Desde que o dia amanhece,
até vir o por do sol,
você é luz que me aquece,
me ilumina, é meu farol.
Devagar, mesmo sem pressa,
espalhe a felicidade.
Um amigo, assim se expressa,
deixa marcas de saudade!
E nesta grande aventura,
entre nuvens e neblina,
vou sentindo lá na altura,
o efeito da adrenalina.
Envio-te uma mensagem,
de carinho e de afeição;
tem a mais pura linguagem,
que brota do coração!
Este trem lembra um passeio,
que em Garibaldi eu fazia;
brindei e dancei, sem freio,
colhi flores da alegria!
É triste ver a gravura,
chaminés, negra fumaça;
poluição ganhando altura,
o sol perdeu brilho e graça.
Eu vejo voltando as flores,
as margaridas se abrindo,
voam folhas multicores
que do outono vão partindo.
Lembrança em porta-retrato,
de um tempo alegre passado...
É gente amiga de fato,
a quem tenho tanto amado!
Levantei-me bem cedinho,
quero subir pela estrada,
sem desviar do caminho,
que me leva a minha amada.
Na chuva tão perfumada,
me aconchego nos teus braços,
sou feliz por ser amada,
sem a pressa dos teus passos.
Na lembrança, este barquinho,
navegando sobre o mar,
tua ausência, como espinho,
queria me naufragar.
Na Terra é que se renova,
o tempo ou vida presente.
Na dor é que se comprova…
Quem é amigo da gente!
Nesta mistura de raça
sem preconceito de cor,
a amizade se entrelaça
com respeito e muito amor.
O equilibrista valente,
sempre à frente bem ligeiro,
mas, seu gatinho inocente,
quem rouba a cena primeiro.
O exemplo da formiguinha,
que paciente no trabalho,
junta forças e sozinha,
leva o que restou de um galho...
Oh! Primavera adorada,
inspiras tantos amores;
és grandiosa, perfumada,
neste festival de flores.
O relógio é tão ligeiro,
não espera por ninguém;
vai mostrando o tempo inteiro,
que o tempo voa também.
O samba dá seu recado,
pois remexe o corpo inteiro.
Quem dança mostra o gingado,
que só tem o brasileiro.
Sete portas!... Uma aberta!...
A Deus imploro e agradeço;
preciso da escolha certa,
meu momento é recomeço!
Tempo é a bela passagem,
de quem na Terra viveu,
para levar na bagagem,
os frutos que recolheu…
Tem subida, tem descida,
a ponte me deixa muda;
descendo ninguém duvida,
que todo santo me ajuda!
Toda criança sadia,
tem nas mãos cola e papel;
pipas são sempre alegria,
subindo no azul do céu.
Uma deusa soberana,
passado e glória em museus;
Europa o mundo se irmana,
vendo a arte dos filhos seus.
Um caderno pequenino,
vai comigo o dia inteiro.
Fazer trova exige tino
e, este mudo companheiro.
Vaga a lua em noite escura,
flutuando como um véu,
despede minha amargura,
clareando todo o céu.
Vejo meu barco ancorado,
após muito navegar;
no verão sob sol dourado,
e nas noites de luar.
Violação da liberdade,
fere a dignidade humana,
denuncie esta maldade,
quebre esta corrente insana.
Vive com bola no pé,
a "pelada" é sem chuteira;
menino tem garra e fé,
num futebol, sem fronteira.
Vivemos lições de vida,
não sabemos do amanhã;
sorrindo e, na dor sofrida,
podemos ter mente sã.
Vou cortar esta corrente,
que aprisiona uma paixão;
não viverá sorridente,
quem suporta a possessão.
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