1
A Mãe, por ser indulgente,
tudo em seu coração cabe.
A mãe é aquilo que a gente
quer definir mas não sabe.
2
À mulher do caranguejo,
propõe um siri de fama:
- Se você me der um beijo,
eu tiro você da lama!
3
Ano Novo, nova vida
e muita poesia nova,
desejo a elite que lida
na lapidação da Trova!
4
Aquele que segue os passos
da pureza e da virtude,
Deus o carrega nos braços
na pior vicissitude!…
5
Com a fé de que ora disponho
não caminho sobre as águas,
mas dou asas ao meu sonho
e jazigo às minhas mágoas!
6
Contra o perigo atual
já não há quem se previna
porque, do gênio do mal,
há um clone em cada esquina!
7
Dá pena essa juventude
cheia de vida, que joga
o seu futuro e a saúde
no antro infernal da droga!
8
Dói fundo vermos a flora,
que é vida da nossa terra,
sendo devastada, agora,
por machado e motosserra!
9
Educar uma criança
com um trabalho eficaz,
é ter plena confiança
de não punir o rapaz!
10
Este teu corpo de misse
me deixa o coração tenso,
imagina, se eu te visse
daquele jeito que eu penso!
11
És uma cruz que carrego
por destino ou por castigo,
presa com tanto nó cego
que desatar não consigo!…
12
Eu suponho que a riqueza
que sobra dos poucos nobres,
seja o que falta na mesa
dos muitos que vivem pobres.
13
Gotinhas d’água na aurora
sobre a mata destruída,
traduzem pranto que chora
a Natureza agredida.
14
Nada tem tanta poesia
como este brilho profundo
que a natureza irradia
do pantanal para o mundo!
15
Nada trouxe mais lirismo
às feiras do interior,
que cordel, no dinamismo
de seus romances de amor!
16
Negra cinza no chão pobre
que resultou da queimada,
é o triste manto que cobre
a Natureza enlutada!…
17
Neste caminho sem luz
que por desdita trafego,
tu és um clone da cruz
que ao meu calvário carrego!
18
Ninguém ouve mais o canto
matinal da passarada...
Vê-se agora, a fauna em pranto,
carpindo a dor da queimada!
19
Ninguém se julgue, na vida,
maior do que o pequenino,
pois, na triste despedida,
todos têm um só destino…
20
No Potengi me extasio
fitando o beijo molhado
das águas doces do rio,
na boca do mar salgado...
21
Nós cremos no Deus da vida
e vemos com nitidez
que onde Ele tem acolhida,
sortilégio não tem vez!
22
Nos meus olhos divagando,
eu vejo um contraste infindo:
meus olhos tristes chorando,
minha alma alegre sorrindo!
23
Nós não podemos julgar
erros ou falhas de alguém,
sem antes examinar
nossa "pureza' também!
24
O contraste que amargura
a maioria indefesa
é uns, com tanta fartura,
e tantos sem pão na mesa!
25
O orvalho que cai agora
nos sobejos da queimada,
traduz o pranto que chora
a Natureza arrasada!…
26
Por tua porta fingida
entrou minha alma indefesa
em um beco sem saída,
onde até hoje está presa.
27
Quando em nosso ninho pobre
tu me abraças carinhosa,
a tosca palha que o cobre
vira pétalas de rosa!...
28
Sem darem trégua um segundo,
desmatando em brutal dose,
não tarda o pulmão do mundo
contrair tuberculose!…
29
Sem trabalho e vomitando
sobre um morcego no lixo,
diz o ébrio: - Num tô lembrando
de ter comido este bicho!
30
Se todos fossem honestos
ninguém veria, na praça,
mendigos comendo restos
do pão que a miséria amassa!
31
Sinto a presença divina
em tudo que me rodeia:
na vibração matutina,
num sabiá que gorjeia!
32
Sou devoto de Santana
com tanto amor pela igreja,
que, nem a seca tirana,
do Seridó me despeja!…
33
Todo castigo atormenta,
mas não há nada pior
que uma mulher ciumenta
resmungando ao seu redor!
34
Trinos tristes são protestos
da passarada que implora
a preservação dos restos
da fauna e da nossa flora!
35
Tudo sobe!… A carestia
na feira já me derruba.
Só não sobe todo dia
o que eu preciso que suba!
36
Vendo os dotes da Jussara
no seu biquíni miúdo,
morro de inveja do cara
que é dono daquilo tudo!!!
A Mãe, por ser indulgente,
tudo em seu coração cabe.
A mãe é aquilo que a gente
quer definir mas não sabe.
2
À mulher do caranguejo,
propõe um siri de fama:
- Se você me der um beijo,
eu tiro você da lama!
3
Ano Novo, nova vida
e muita poesia nova,
desejo a elite que lida
na lapidação da Trova!
4
Aquele que segue os passos
da pureza e da virtude,
Deus o carrega nos braços
na pior vicissitude!…
5
Com a fé de que ora disponho
não caminho sobre as águas,
mas dou asas ao meu sonho
e jazigo às minhas mágoas!
6
Contra o perigo atual
já não há quem se previna
porque, do gênio do mal,
há um clone em cada esquina!
7
Dá pena essa juventude
cheia de vida, que joga
o seu futuro e a saúde
no antro infernal da droga!
8
Dói fundo vermos a flora,
que é vida da nossa terra,
sendo devastada, agora,
por machado e motosserra!
9
Educar uma criança
com um trabalho eficaz,
é ter plena confiança
de não punir o rapaz!
10
Este teu corpo de misse
me deixa o coração tenso,
imagina, se eu te visse
daquele jeito que eu penso!
11
És uma cruz que carrego
por destino ou por castigo,
presa com tanto nó cego
que desatar não consigo!…
12
Eu suponho que a riqueza
que sobra dos poucos nobres,
seja o que falta na mesa
dos muitos que vivem pobres.
13
Gotinhas d’água na aurora
sobre a mata destruída,
traduzem pranto que chora
a Natureza agredida.
14
Nada tem tanta poesia
como este brilho profundo
que a natureza irradia
do pantanal para o mundo!
15
Nada trouxe mais lirismo
às feiras do interior,
que cordel, no dinamismo
de seus romances de amor!
16
Negra cinza no chão pobre
que resultou da queimada,
é o triste manto que cobre
a Natureza enlutada!…
17
Neste caminho sem luz
que por desdita trafego,
tu és um clone da cruz
que ao meu calvário carrego!
18
Ninguém ouve mais o canto
matinal da passarada...
Vê-se agora, a fauna em pranto,
carpindo a dor da queimada!
19
Ninguém se julgue, na vida,
maior do que o pequenino,
pois, na triste despedida,
todos têm um só destino…
20
No Potengi me extasio
fitando o beijo molhado
das águas doces do rio,
na boca do mar salgado...
21
Nós cremos no Deus da vida
e vemos com nitidez
que onde Ele tem acolhida,
sortilégio não tem vez!
22
Nos meus olhos divagando,
eu vejo um contraste infindo:
meus olhos tristes chorando,
minha alma alegre sorrindo!
23
Nós não podemos julgar
erros ou falhas de alguém,
sem antes examinar
nossa "pureza' também!
24
O contraste que amargura
a maioria indefesa
é uns, com tanta fartura,
e tantos sem pão na mesa!
25
O orvalho que cai agora
nos sobejos da queimada,
traduz o pranto que chora
a Natureza arrasada!…
26
Por tua porta fingida
entrou minha alma indefesa
em um beco sem saída,
onde até hoje está presa.
27
Quando em nosso ninho pobre
tu me abraças carinhosa,
a tosca palha que o cobre
vira pétalas de rosa!...
28
Sem darem trégua um segundo,
desmatando em brutal dose,
não tarda o pulmão do mundo
contrair tuberculose!…
29
Sem trabalho e vomitando
sobre um morcego no lixo,
diz o ébrio: - Num tô lembrando
de ter comido este bicho!
30
Se todos fossem honestos
ninguém veria, na praça,
mendigos comendo restos
do pão que a miséria amassa!
31
Sinto a presença divina
em tudo que me rodeia:
na vibração matutina,
num sabiá que gorjeia!
32
Sou devoto de Santana
com tanto amor pela igreja,
que, nem a seca tirana,
do Seridó me despeja!…
33
Todo castigo atormenta,
mas não há nada pior
que uma mulher ciumenta
resmungando ao seu redor!
34
Trinos tristes são protestos
da passarada que implora
a preservação dos restos
da fauna e da nossa flora!
35
Tudo sobe!… A carestia
na feira já me derruba.
Só não sobe todo dia
o que eu preciso que suba!
36
Vendo os dotes da Jussara
no seu biquíni miúdo,
morro de inveja do cara
que é dono daquilo tudo!!!
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