1
A minha Rosa querida
perfumada e humana flor,
eu prendi à minha vida
com chaves do meu amor.
2
Amizade que se perde
por motivos tão banais,
não merece ser lembrada,
pois era fraca demais.
3
Anchieta, a sua calma
e o seu exemplo de fé,
eu entrego esta minh’ alma
e a minha vida, de pé!…
4
Eu amo esta luz divina
que da Providência advém,
que a minha mente ilumina
e o meu coração também.
5
Hoje é um dia de festa!
Mais de que festa, é de glória.
Subiu ao céu, Anchieta,
deixando o nome na história…
6
Mesmo sem a luz dos olhos,
todo homem sabe em razão
tirar da vida os abrolhos,
tendo a luz do coração.
7
Meu amigo. Vê se aguenta…
Não posso alcançá-lo, não!
Pois, ao chegar aos oitenta,
já, você é noventão.
8
Mudam o tempo, o costume.
E a grande transformação
não tira o doce perfume
da saudade em gratidão.
9
Não temo a luta renhida.
Vim do Ceará. Sou forte.
Venço os embates da vida
e as garras da própria morte.
10
No dia nove de junho
quando Anchieta morreu,
o mundo deu testemunho
que mais um Santo nasceu.
11
Para o céu irei um dia
e com Jesus, de mãos dadas,
ver que Anchieta – o meu guia
me guiou pelas estradas.
12
Qual um raio de esperança
com futuro promissor,
Ana Beatriz alcança
ao nascer, o nosso amor.
13
Que o Bom Deus com Anchieta
o Apóstolo do Brasil
proteja nosso planeta
com todo amor varonil.
14
Se não fosse um Anchieta,
Padre Cícero Romão,
era de temer a “gang”
e a máfia que aí estão.
15
Sim. Vale a pena viver
com muito amor fraternal
tendo fé e confiança
no Bom Deus Universal.
16
Sou Chaves. E a Rosa presa,
que tenho no coração,
tem o viço da beleza
da nossa longa união.
17
Sou poeta e jardineiro,
domino os versos e a prosa;
mas no meu lar – um canteiro,
pois quem manda mesmo é a Rosa.
18
Tenho dois netos bonitos
e uma filha bem querida:
– São três elos infinitos
que prendem a minha vida.
19
Vendo este mundo de dor,
com violência, sem Norte
peço sempre ao Salvador:
– Paz, amor e boa sorte.
20
Você me chama de velho
por desdém ou ironia;
mas se fosse meu amigo,
“velho amigo” chamaria.
21
Vou desfiando os meus dias
qual as contas de um rosário,
levando as horas vazias
da saudade em meu calvário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário