A beleza do poente
quando o Sol vai descansar,
se iguala, quando presente,
ao amor: “Luzes no Olhar”.
A dor que o coração sente,
ao partir um ser querido,
só deixa na nossa mente:
”Rastos de um amor partido”.
Ah! Quanto deleite e amor
tua carta me trazia
Cada palavra, uma flor;
cada frase... poesia.
A Lua sonha acordada
desejando o alvorecer.
Pelo Sol quer ser amada
no encontro, do amanhecer.
Amigo boleia a perna,
e apeia desse malhado.
Com minha amizade eterna,
dou-te um abraço apertado.
Ao gaúcho altaneiro
”que lutou por liberdade”.
Meu abraço verdadeiro,
chegue até na eternidade.
Ao partilhar bons momentos
qualquer coração se aquece.
Na união de pensamentos,
a tristeza, a gente esquece.
Ao ver a moça bonita,
desmanchou-se, bem de leve.
Não pelas formas da dita...
era boneco de neve.
A saudade me esporeia,
fere fundo o coração.
Meu pensar se desnorteia,
tão longe do meu rincão.
Boas lembranças eu trago
na bagagem desta vida.
Uma delas, sem embargo:
“o abraço” da mãe querida.
Canjica e broas de milho,
pro prazer da garotada.
Mais rosquinhas de polvilho..
E uma festa está formada .
Do fósforo da ilusão
deixei apagar a chama.
Sem qualquer outro senão,
Me afastei da tua cama.
Em todo castigo humano
o que, pra mim, tem valor,
é aquele que “mostra o engano”,
e não o que “causa dor”.
Foi um sono agitado,
resquício de um pesadelo,
quando na cama deitado,
sonhou ser um cogumelo.
Frente ao verdadeiro amor
a nossa vida floresce
No desabrochar da flor,
o empedernido enternece
GAIA: Terra, Mãe Divina.
cujo seio é guarida.
“In Natura” nos ensina
que amando-a, amamos a vida.
Graças vos damos Senhor
por nos livrar da “desdita”.
Pela Lua, Sol e Amor...
Por esta terra bendita.
Lá no bule o café cheira;
Na xícara, a fumegar.
E nós, ao pé da lareira,
no inverno, a nos esquentar.
Lá no fim das trevas - LUZ
dissipando a escuridão.
É a esperança que conduz
quem doa seu coração.
Limiar da própria vida
último sopro em ação.
voz sussurrante, sentida,
pediu e deu-lhe perdão.
Lindo carro, cor de breu,
veloz como um avião.
Sem motor e sem pneu
voa na imaginação.
Lua trigueira, no céu,
quis com Verão se casar.
Ela, esqueceu-se do véu...
Ele, esqueceu-se do altar.
Na corrida pela vida,
muitos amores passei
Mas, entre todos, querida
do teu, não me separei.
Na dança da nossa vida,
o tempo logo se esvai.
E envoltos na própria lida,
o hoje não passa de um ai.
Na mente do trovador
as ideias vão e vem.
"No meu coração a dor.
Amei quem não me quis bem".
Na xícara, café quente;
no prato, um naco de pão.
Venha logo minha gente
saborear seu quinhão.
No âmago da minha vida
não entra nenhum vilão.
Nele apenas a batida
suave do coração.
No coxim da terra deito
para poder descansar.
No acalento deste leito
contigo quero sonhar.
No fim das trevas, a luz
dissipando a escuridão.
Esperança que conduz
no caminho da emoção.
No jardim da minha vida
roseiras mil, vou plantar.
No caixão, na despedida,
só uma rosa vou levar.
No pago, noite serena;
na roda, um bom chimarrão.
Um causo, uma cantilena
e a cuia de mão em mão.
Nos deitamos conversando...
e a madrugada chegou.
Toda a manhã, nos amando,
minha amada engravidou.
”Nunca te há de faltar nada”...
O velho lhe prometeu
Na hora mais esperada.
”soldado” nem se mexeu.
O brilho daquele olhar...
“Eta” menina sapeca!
Não querendo se casar,
fez do garoto - peteca.
O pecado do coveiro
foi não prestar atenção
nas joias que o relojoeiro
levou junto, no caixão.
Os amores descartáveis?
Cá na terra, não no céu!
Desses amores passáveis,
não se salva nem o véu.
Pensamentos do escritor
provoca muita emoção.
Mas precisa do leitor
para haver transformação.
Poeta da lua, sigo
na noite, luz prateada.
Sozinho, qual um mendigo,
esmolando o amor da amada.
Por meter o seu nariz
onde não fora chamado,
o rapaz, frente ao juiz,
acabou sendo julgado.
Quisera poder, um dia,
beijar-te com muito ardor.
Mesmo que na fantasia:
“retrato de um grande amor”.
Se com a caneta traço
pensamentos, no papel,
com minhas mãos eu abraço
um bom vinho MOSCATEL.
Sob o vidro espedaçado,
um retrato encontrei.
Tão antigo, amarelado,
infância que atrás deixei.
Suave, nascem da fonte
correm rumo ao seu destino,
Perdendo-se no horizonte
vão águas, em desatino.
Tuas tranças, menina,
quero de leve puxar.
És tão linda, feminina,
queres comigo casar?
Um bom livro sempre traz
conhecimento e prazer.
Nesta vida é mais capaz
quem escreve e sabe ler.
Velha tapera ruindo,
solitária: "Desamor".
Um pássaro construindo
novo ninho: "Muito amor".
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