A brisa o perfume espalha
na planície em Goytacazes.
Esse odor de cana e palha
és tu, saudade, quem trazes.
= = = = = = = = = = =
A esperança que norteia
a vida sempre a girar
é a força que semeia
coragem pra caminhar...
= = = = = = = = = = =
Anoitecer da jornada,
quando desponta o cansaço,
eu me sinto renovada
no calor do teu abraço.
= = = = = = = = = = =
Antes de morrer na Cruz,
Jesus Cristo, nosso irmão,
mistério de fé e luz,
partilhou conosco o pão.
= = = = = = = = = = =
Ao cair da tarde fria,
e quando a luz já se evade
eu tenho por companhia
os suspiros da saudade...
= = = = = = = = = = =
As luzes do alvorecer,
em matiz resplandecente,
apagam-se ao entardecer,
levando os sonhos da gente...
= = = = = = = = = = =
Com retalhos de lembrança
eu costurei, sem maldade,
meus amores de criança
com suspiros de saudade...
= = = = = = = = = = =
Em uma gaiola encanta,
lindo pássaro a cantar!
Sem liberdade ele canta,
porque não sabe chorar...
= = = = = = = = = = =
E procurando ensinar,
a minha vida passei,
pra no final constatar;
aprendi mais que ensinei.
= = = = = = = = = = =
Estrela, eterna magia,
que traz à mente esquecida
lampejo que contagia
a saudade adormecida.
= = = = = = = = = = =
Eu relembro a mocidade
sem perjúrio e sem revolta,
mas como dói a saudade
do tempo que não mais volta…
= = = = = = = = = = =
Menina, que beijo doce!
Gostoso, vadio, arisco.
Teu beijo é como se fosse
saborear um chuvisco.
= = = = = = = = = = =
Meu peito pulsa saudade,
sem chance, mas sem revolta,
relembrando a mocidade
que já se foi... não tem volta.
= = = = = = = = = = =
Meu sorriso de beleza
com o tempo se apagou,
desgaste da natureza,
até meu espelho embaçou.
= = = = = = = = = = =
Na solidão do meu leito,
quando a esperança se evade,
eu pranteio o amor desfeito,
triste missão da saudade.
= = = = = = = = = = =
Niterói doce lembrança
que nem o tempo destrói.
Volto ao tempo de criança...
E como a saudade dói!
= = = = = = = = = = =
Na trilha da vida, as flores
encontradas nos caminhos,
às vezes, trazem sabores,
às vezes, trazem espinhos.
= = = = = = = = = = =
O abraço por gentileza
é bom até, quando dado,
mas bom mesmo, com certeza,
o abraço do ser amado!
= = = = = = = = = = =
O ciúme é sal da vida,
não sofra à toa, por favor,
quem não o sofre, querida,
é porque não tem amor.
= = = = = = = = = = =
O recado tão sonhado
que você tanto esperou
ficou sempre resguardado;
o correio não entregou.
= = = = = = = = = = =
Privado da liberdade
lindo pássaro cantador,
na gaiola, de saudade,
canta triste a sua dor…
= = = = = = = = = = =
Quando a bruma surge morna
e anuncia o fim do dia,
a saudade então se torna
a mais triste companhia.
= = = = = = = = = = =
Quando a vida já findando,
vai levando a nossa história,
o passado vai lembrando
que o viver é uma vitória.
= = = = = = = = = = =
Rosa flor, beleza ingrata,
nuance, perfume, cor!
Teu espinho que maltrata
mistura beleza e dor.
= = = = = = = = = = =
Tão longe, triste soava
aquele som cristalino...
Era a saudade, chorava,
nas cordas do violino.
= = = = = = = = = = =
Um dia a nossa amizade
em amor se transformou:
amor sublime, verdade,
que o tempo nunca apagou...
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
na planície em Goytacazes.
Esse odor de cana e palha
és tu, saudade, quem trazes.
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A esperança que norteia
a vida sempre a girar
é a força que semeia
coragem pra caminhar...
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Anoitecer da jornada,
quando desponta o cansaço,
eu me sinto renovada
no calor do teu abraço.
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Antes de morrer na Cruz,
Jesus Cristo, nosso irmão,
mistério de fé e luz,
partilhou conosco o pão.
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Ao cair da tarde fria,
e quando a luz já se evade
eu tenho por companhia
os suspiros da saudade...
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As luzes do alvorecer,
em matiz resplandecente,
apagam-se ao entardecer,
levando os sonhos da gente...
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Com retalhos de lembrança
eu costurei, sem maldade,
meus amores de criança
com suspiros de saudade...
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Em uma gaiola encanta,
lindo pássaro a cantar!
Sem liberdade ele canta,
porque não sabe chorar...
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E procurando ensinar,
a minha vida passei,
pra no final constatar;
aprendi mais que ensinei.
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Estrela, eterna magia,
que traz à mente esquecida
lampejo que contagia
a saudade adormecida.
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Eu relembro a mocidade
sem perjúrio e sem revolta,
mas como dói a saudade
do tempo que não mais volta…
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Menina, que beijo doce!
Gostoso, vadio, arisco.
Teu beijo é como se fosse
saborear um chuvisco.
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Meu peito pulsa saudade,
sem chance, mas sem revolta,
relembrando a mocidade
que já se foi... não tem volta.
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Meu sorriso de beleza
com o tempo se apagou,
desgaste da natureza,
até meu espelho embaçou.
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Na solidão do meu leito,
quando a esperança se evade,
eu pranteio o amor desfeito,
triste missão da saudade.
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Niterói doce lembrança
que nem o tempo destrói.
Volto ao tempo de criança...
E como a saudade dói!
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Na trilha da vida, as flores
encontradas nos caminhos,
às vezes, trazem sabores,
às vezes, trazem espinhos.
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O abraço por gentileza
é bom até, quando dado,
mas bom mesmo, com certeza,
o abraço do ser amado!
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O ciúme é sal da vida,
não sofra à toa, por favor,
quem não o sofre, querida,
é porque não tem amor.
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O recado tão sonhado
que você tanto esperou
ficou sempre resguardado;
o correio não entregou.
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Privado da liberdade
lindo pássaro cantador,
na gaiola, de saudade,
canta triste a sua dor…
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Quando a bruma surge morna
e anuncia o fim do dia,
a saudade então se torna
a mais triste companhia.
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Quando a vida já findando,
vai levando a nossa história,
o passado vai lembrando
que o viver é uma vitória.
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Rosa flor, beleza ingrata,
nuance, perfume, cor!
Teu espinho que maltrata
mistura beleza e dor.
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Tão longe, triste soava
aquele som cristalino...
Era a saudade, chorava,
nas cordas do violino.
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Um dia a nossa amizade
em amor se transformou:
amor sublime, verdade,
que o tempo nunca apagou...
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Maria Helena Ururahy Campos da Fonseca, acadêmica fundadora do Ateneu Angrense de Letras e Artes e da Delegacia da UBT/Angra dos Reis, onde continua participando ativamente.
Presidiu o Ateneu Angrense de Letras e de Artes por dezessete mandatos (dois anos cada), alternadamente. Pertence, ainda, a outras instituições culturais. Integrou o Conselho de Cultura de Angra dos Reis de 1978 a 1991. Em 2007, retornou ao Conselho de Cultura, representando a setorial de Literatura.
Professora efetiva do Estado do Rio de Janeiro e do Município do Rio de Janeiro na área de Língua e Literatura Portuguesa. Exerceu o Magistério durante 47 anos. Durante a trajetória profissional dedicada ao Magistério, participou de cursos de especialização nas áreas pedagógica, linguística, literária e cultural.
Aposentada, participou do Curso de Extensão Cultural da Mulher, no Clube Militar do Rio de Janeiro, interrompido pela pandemia. Reside em Angra dos Reis.
Professora efetiva do Estado do Rio de Janeiro e do Município do Rio de Janeiro na área de Língua e Literatura Portuguesa. Exerceu o Magistério durante 47 anos. Durante a trajetória profissional dedicada ao Magistério, participou de cursos de especialização nas áreas pedagógica, linguística, literária e cultural.
Aposentada, participou do Curso de Extensão Cultural da Mulher, no Clube Militar do Rio de Janeiro, interrompido pela pandemia. Reside em Angra dos Reis.
Fonte:
Autores diversos da UBT-Angra dos Reis. Sementes poéticas. SP: Daya Ed., 2021.
Livro enviado por Jessé Nascimento.
Autores diversos da UBT-Angra dos Reis. Sementes poéticas. SP: Daya Ed., 2021.
Livro enviado por Jessé Nascimento.
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